SÃO PAULO - O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugura hoje a exposição permanente Dinossauros no Sertão, com réplicas e fósseis originais encontrados na região do Araripe, no Ceará. O destaque é a maior reconstrução de um dinossauro carnívoro já montado no País: o Angaturama limai. A réplica tem cerca de seis metros de comprimento e foi montada com base na pélvis e em fragmentos ósseos das mãos, fêmur e vértebras.
O dinossauro viveu há cerca de 110 milhões de anos, no período Cretáceo Superior, pesava cerca de meia tonelada e se alimentava principalmente de peixes e animais marinhos. ?Descrevi o Angaturama pela primeira vez na década de 80, com base em um crânio, mas não havia fragmentos suficientes para montar uma réplica?, explicou o paleontólogo Alexander Kellner, curador da exposição. Ele orienta a dissertação da mestranda da UFRJ Elaine Machado, que descreverá os fósseis que estão expostos.
Segundo Kellner, a ideia da exposição é mostrar dois ecossistemas que existiram em períodos diferentes, numa mesma região. A Chapada do Araripe é um planalto de 160 quilômetros de extensão entre Ceará, Pernambuco e Piauí. Um dos ecossistemas reconstituídos é o de um grande lago de água doce, que teria existido há 115 milhões de anos. Dessa época, estão expostos fósseis de insetos, escorpiões, plantas, pererecas e a réplica do pterossauro Tupandactylus imperator. A mostra atual tem patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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